Sem dúvida alguma, esse texto é mais para mim do que para qualquer outra pessoa. Na verdade, ele é somente para mim. Compartilho aqui para que, quem sabe, eu enfim consiga escutar esse tanto de coisa que está claramente ao meu redor há muito tempo, e teimoso que sou, insistia em não enxergar - ou quem sabe, era ingênuo de mais. Neste momento eu tenho um gosto amargo estranho na boca, a cabeça lateja e me sinto um pouco aéreo. Muito provavelmente é pelo choque de realidade que, com minha já dita ingenuidade, eu acreditei que pudesse ser diferente. Mas para tentar sair um pouco dos devaneios e trazer alguns dados lógicos para meu raciocínio hoje, fui atrás de alguns números para trazer algum sentido pra tudo, ou pelo menos tentar. E aliás, aqui talvez esteja mais uma de minhas fantasias que preciso ainda refletir: em um mundo como o nosso, ciência, dados e lógica fazem algum sentido? Sinceramente, tudo me leva a crer que não. Mas voltando aos dados, o número é, até o momento, 51.071.277.
Hintersee - Alemanha Existem muitas coisas das quais ninguém nos prepara. Coisas que temos que aprender sozinhos como, curar um coração partido, lidar com o luto ou a ausência... E dentre tantas coisas que temos que aprender sozinhos, uma das maiores é a convivência com a saudade. Essa tal da saudade é uma constante na minha vida, principalmente nos últimos 3 anos. Uma vez eu li em algum lugar (e talvez tenha sido em alguns dos meus textos mesmo) que uma vez que você se joga no mundo, você descobre muito mais sobre você ao passo que nunca mais se sentirá inteiro novamente em lugar nenhum. E isso têm feito tanto sentido na minha vida que cada vez mais é uma das poucas certezas que eu tenho hoje. Mas como explicar esse sentimento? Eu sinceramente não sei. E não busco tentar entendê-lo. Na verdade, o passar dos anos me fez parar de tentar entender tudo à minha volta e viver mais, olhar mais e sentir mais. E ainda assim, algumas vezes eu me pego pensando em muitas coisas que me fazem doer